Uma crônica OUT

Bem, entenda-se “out” como fora do padrão, do meu padrão de crônica.

Gosto de política, sou político, discuto política – desde que não seja com xiitas assumidos – e sou eleitor do Aécio Neves, não do PSDB, para 2014, salvo reveses na política brasileira.

Ainda assim, não gosto de escrever crônicas políticas, pois corro o risco de descambar para o meu lado xiita – todos o temos, mas o meu é bem controlado. O caso dessa crônica é para relatar um fato que aconteceu hoje, comigo.

Pois bem!

Estava me preparando para iniciar meus exercícios matinais – lavagem da área da frente da casa – quando uma pessoa veio me oferecer um jornalzinho. Quando vi o símbolo do PT na capa do jornal, o ato seguinte foi reflexo: “Não, jornal do PT não!”

O entregador olhou para mim de esguelha e, logo após, para o número estampado na minha casa. Confesso que não gostei do gesto, não me senti confortável.

Saiu dizendo: “Quer voltar tudo ao que estava antes.” – não sei se como pergunta ou afirmação. Eu já voltava para pegar o balde, quando dei meia volta e fui perguntar o que estava acontecendo.

O sujeito refez a frase e eu confirmei: “Pode ter certeza?”

Ele ainda balbuciou alguma coisa, mas não valeria “bater boca”. Eu só disse: “Vai com Deus!”, e encerrei o assunto.

O que me estranhou é uma pessoa que faz propaganda para um partido, qualquer partido, não aceitar que outro cidadão seja contra. Isso é triste, muito triste. Se o entregador de jornal de um partido se acha o dono da verdade, eu sou “obrigado” a imaginar o que pensa os mais graduados. Isso me deixa apavorado.

Sempre fui de filtrar muito as notícias que recebo, principalmente as políticas – se fosse acreditar em todas, eu não estaria mais no Brasil –, mas muito do que eu achava exagero, infelizmente não acho mais.

Sei lá! Recebo muitas – nem tantas assim – críticas, boas e ruins, sobre os meus textos. Contudo, se quero crescer como escritor, não posso encará-las como pessoais.

Claro que críticas sempre mexem com o nosso ego; inflando ou murchando. Mas são as críticas que nos mostram onde podemos melhorar. Portanto devemos agradecer sempre e aproveitá-las.

E viva a diferença!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *