Paris, Paris! Cidade Luz com seus cafés, famosos, que tanto povoam nossos sonhos de uma vida tranquila ou, pelo menos, de agradável tarde de verão.
Paris! O Louvre! Cenário de thrillers famosos, que ganharam as livrarias e cinemas do mundo inteiro.
As melindrosas… A imaginação nos leva a uma outra época e nos faz imaginar um Brasil diferente. Nem pior e nem melhor, mas diferente, somente.
Ouvi com ouvidos de pesquisador e curioso. Escrevo com olhos de sonhador e escritor.
Não, infelizmente nunca estive em Paris, mas ainda espero ir.
Essa crônica começou dentro do Metrô da Sé, na cidade de São Paulo, mas poderia ter começado em frente ao Café Riviera, depois chamado Amarelinho, na região da Cinelândia, no Rio de Janeiro, ou poderia ter iniciado em outra cidade brasileira.
Eu estava participando do TurisMetrô e foi impossível não sonhar.
O guia, ao contar a História do Mosteiro de São Bento, incluindo lendas e fatos, nos confidencia, como um segredo de abelha, que os números do relógio do mosteiro são de ouro.
Ora! Ato contínuo, anotei no meu caderninho: “O roubo do relógio de São Bento.”
Sei que não o escreverei, mas daria um belo thriller. Não acham?
Já, àquela altura, impregnado com o som do idioma francês que vinha da conversa de um casal e uma amiga deles, chegamos ao Centro Cultural do Banco do Brasil para uma pausa no roteiro.
A imagem dos cafés parisienses, já retratados de tantas formas, surgiu com a imagem de um “verdadeiro” café na Rua Álvares Penteado, na região da Sé. Não poderia perder a oportunidade de ser registrado no local.
Dentro do Centro Cultural, estava em andamento uma apresentação teatralizada com músicas, diálogos e “contações” de histórias — apresentada por um grupo, vestido à moda de 1920, com resquícios da Belle Époque.
A França povoou e São Paulo preencheu meu domingo.
Dessa única excursão deu para retirar alguns aprendizados. Àqueles aprendizados que buscamos conversar com os nossos botões.
Independente de gostar de escrever, a História de um país, um estado, uma cidade, a História de uma empresa, de um empreendimento — por mais simples —, sempre dá uma outra dimensão para quem a escuta.
A História do nosso país, tem sido contada por historiadores e jornalistas, de fato ou não, através de livros como: “As veias abertas da “América Latina, de Eduardo Galeano”; “1968, o ano que não terminou, de Zuenir Ventura”; “1808 e 1822, de Laurentino Gomes”; “Brasil: Uma História – Cinco Séculos de Um País em Construção e demais livros, de Eduardo Bueno” e outros. Menos importância se dá à estados e cidades, mas ainda se encontra alguma coisa.
O que não entendo, desde a época em que atuava no meio, é a falta de histórias que contem a História de uma empresa. Não aquelas apresentações que dão sono, mas uma que seja romanceada, encenada, que de 6 em 6 meses destaque um caso em particular para ser apresentado aos funcionários.
A empresa é pequena? Faça um sarau trimestral para contar a História ou uma das várias histórias da sua pequena empresa. Nenhum funcionário veste a camisa da empresa, mas ele poderá se apaixonar pela sua.
Farei, com certeza, os demais roteiros existentes no programa. Vale a pena conhecer a História.
Que delícia de passeio, tão perto e que nunca fiz. Bom, ainda posso fazê-lo e que felicidade eu senti em ter lido todos os livros que você citou, com exceção de um: Brasil: Uma História – Cinco Séculos de Um País em Construção de Eduardo Bueno”, que vou procurar para ler.
Parabéns pela crônica.