Contam as línguas, não importam se más ou boas, que Deus em um de seus momentos de solidão, pegou umas bolinhas de vidro — que hoje chamamos de bolas de gude — e começou a brincar com elas, jogando-as no espaço vazio.
Contudo, o ato da criação não independe da sorte e ao jogar uma das bolinhas, ela bateu em outra e deu-se o que chamamos hoje de Big-Bang. O universo estava formado!
Não acredita? Não tem problema. Esse assunto, pra nós, mortais e não cientistas, é quase como discutir o sexo dos anjos, sejam eles caídos ou não.
Essa crônica é sobre a criação, a criatividade, a imaginação, a fertilidade da mente.
Eu estava quase — só vinham temas banais e corriqueiros — sem assunto para escrever a crônica dessa semana, quando um colega passou o link deste vídeo que, antes de tudo, fala sobre criatividade.
E então lembrei de quantas ideias já tive e que não levei a frente. Principalmente durante o curso de engenharia, mas também antes e depois.
Quantas ideias já ouvi de colegas e amigos, que também não as tocaram pra frente.
Cheguei a escrever um livro, O Vale das Empresas, que não terminei, aonde tem a empresa Idéias, como uma “protagonista”. Quem tiver curiosidade, postei um dos capítulos aqui.
Meu desconhecimento do mundo não permite discernir se é um mal do brasileiro ou do ser humano, não acreditar em si. Quantos de nós já teve uma boa ideia e foi desestimulado por colegas, amigos e parentes? Acho que vários.
Em contrapartida já ouvi muitos dizerem que não são criativos. Entretanto, a ideia de criação é muito vasta. Os chamados executivos, para executarem, precisam planejar, precisam gerir, precisam criar. De outro modo, não conseguirão executar.
Está certo! Algumas criações acabam mostrando-se apenas fruto de uma imaginação fertilíssima. Será que mesmo essas criações não podem ser retrabalhadas?
Não sei você, mas eu já tive algumas ideias hoje. Comecei cedo, ao fazer o café. Coloquei um pau de canela no pó do café. De tão simples outros já devem ter feito, mas eu não conhecia. Essa crônica também foi uma outra ideia.
Vivemos ao redor de ideias. Dê um giro na sua cadeira ou no seu corpo e vejam quantas ideias teria para o seu ambiente ou para o seu trabalho. É um bom exercício.
Agora, eu tive a ideia de terminar essa crônica. Outras ideias estão surgindo e tenho que registrá-las no meu caderninho, que agora está virando moda chamar de moleskine (empresa Moleskine). Pra mim, continua sendo caderninho.