por Silvio T Corrêa
Já faz algum tempo em que participei de um concurso de crônicas, onde o assunto era a Mulher, em comemoração ao seu dia. Eu já tinha o texto pronto e enviei.
Algum tempo depois recebi o resultado e a informação de que o meu texto fora selecionado para fazer parte de uma “antologia”. Fiquei muito contente e entrei em contato, para saber como proceder.
Minha surpresa foi grande ao saber que eu teria que vender 20 exemplares e receberia como direito autoral, dois ou três — a memória me falha — exemplares. Achei muito meigo da parte da editora fazer essa proposta, onde eu e os demais escritores lhe garantiriam a venda de toda a tiragem.
OK! Ta certo! Pode ser útil para quem quer presentear os colegas e familiares, mas não serve para quem quer — ao menos, tentar — tornar-se escritor.
A minha próxima experiência foi um pouco mais gratificante. Foi quando quiseram publicar meu livro. Contudo, há Editoras e editoras. Para ser mais justo, há Editores e editores e dei azar de cair na mão de um editor que não me apresentou o “boneco” do livro e omitiu, por incompetência, partes do livro. Para fazer o “juntamento” do mal feito, houve uma péssima divulgação e uma pior distribuição.
Àquela altura eu já estava consciente de que ser escritor era muito mais do que sentar em uma mesa e executar o binômio “pesquisar e escrever”, quantas vezes fosse necessário e depois, “revisar, cortar e adicionar”, também quantas vezes fosse necessário.
Era preciso ter uma ótima editora ou fazer um investimento próprio. Como a primeira opção, para quem começa, é dificílima, a solução foi apostar no investimento próprio.
Contudo, minha ideia de investimento sempre passou longe de “bancar a própria publicação”, pois eu precisaria bancar, também, a divulgação e a distribuição. O investimento a que me refiro, é na divulgação do livro e, claro, em mim.
Preferi gastar o pouco dinheiro em estudos e cursos; em adquirir outras competências como, por exemplo, contar histórias; em tentar entender o leitor e o que mais estivesse relacionado ao aprendizado do ofício e as possibilidades de divulgação de uma obra.
Se deu certo? Ainda não posso dizer. Mas posso afirmar que é muito mais gratificante, ainda que cansativo, gerenciar o seu trabalho e aprender com ele. A experiência sempre servirá para o próximo livro.