É sempre uma questão de confiança

“Faço de tudo, mas ninguém gosta de mim!”, “Já disse que não estou mentindo!”, “Por que Fulano não quer me ajudar?”, “Poxa, não consigo liderar!”…

Tantas, tantas perguntinhas que fazemos e não encontramos a resposta; não é mesmo? Desculpe por dizer assim, “na lata”, sem rodeios: Você é digno de confiança? Você sabe que confiança não é só pagar o que deve; é muito mais do que isso.

Confiança é cumprir a palavra, por menor que tenha sido a promessa.

Estamos sempre negociando e na negociação fazemos concessões e ganhamos concessões do outro. Se ele não cumprir o que acordou, será que você fará novas concessões em uma outra negociação? Se você fizer, já saiba que a chance de ele não cumprir, novamente, será grande.

Falamos muito sobre comportamento, relacionamentos e outros nomes que se convencionou chamar de “gestão de pessoas”. Seria melhor que chamássemos, apenas, de gestão da confiança.

Concordo que muitas vezes deixamos furos, verdadeiros “rombos”, por não estarmos atentos, preocupados, em algumas vezes, com outros problemas. Mas tem gente que parece ter subido na “folha simples de papel higiênico”, achando que pode olhar os outros “de cima”. Não pode! Depois reclama por não conseguir liderar. A confiança foi quebrada!

Raros são os altruístas reais. A Madre Teresa de Calcutá fazia o bem apenas pelo bem. A maioria dos altruístas faz o bem sim, mas para sentir-se bem. Não existe abnegação, desprendimento, ainda que fazer o bem seja importante e é por isso que estou “esbarrando” no altruísmo.

Muitas vezes fazemos o bem sem esperar qualquer retorno. Fazemos porque nos sentimos bem agindo assim. Contudo, por causa dos caminhos da vida, pode acontecer de necessitarmos de algum apoio de quem já ajudamos e, sem entender o motivo, ficamos muitas vezes sem a resposta, sem o apoio e, mesmo, sem a explicação. Quebrou-se a confiança!

Mas será que não podemos recuperar a confiança?

Quando são muito próximos, é possível que aquele que quebrou a confiança, consiga reconquistá-la. Contudo, torna-se difícil quando é uma relação entre chefe e subordinado, professor e aluno, colegas ou amigos recente. O bom seria que não quebrássemos a confiança.

Falar de confiança, sem mais nem menos?

Escritor não pode ouvir uma conversa no trem, metrô, ônibus, avião, banheiro ou outro local que já direciona as orelhas e a atenção. Depois, é o trabalho de buscar desenvolver o tema. Acho que foi o que aconteceu.

Abraços.

1 Comment

  1. Você trouxe à tona um assunto bastante delicado: a confiança.
    A confiança acaba se quebrando em várias formas de você se relacionar com os outros e com as coisas que te cercam, basta que haja um relacionamento ativo.
    Na minha opinião a confiança quebrada, por mais que se restabeleça o contato, sempre deixará uma marca, uma cicatriz. Esta será maior ou menor conforme a relação existente.
    Como você disse nas relações que não envolvem um sentimento mais pessoal é difícil que a confiança retorne.
    Silvio parabéns pelo excelente texto!

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