Nas minhas leituras matinais, peguei a VEJA São Paulo para ler a matéria sobre os “gamers” profissionais. Um dos tópicos chamou mais a minha atenção: a do curo de Design de Jogos, da Universidade Anhembi Morumbi.
Quando eu era (nem tanto) “criança”, já como Analista de Sistemas, eu achava interessante ver muitos analistas que saiam de uma entrevista com o cliente, imaginando telas e penduricalhos em um sistema já computadorizado. Sempre perguntava: Ué, não vai testar o sistema antes? Não vai ver os gargalos que poderão existir? Vai partir direto para programação?
Foi justamente o que chamou a minha atenção nesse curso de Design de Jogos. Reparem no que diz o pequeno texto: “ Tesoura, papel e caneta. Essas são algumas das ferramentas usadas pelo professor Alexandre Machado , durante as aulas da faculdade de design de games, oferecida desde 2003 pela Universidade Anhembi Morumbi… ‘Procuro estimulá-los a penar no projeto sem a ajuda de aparatos digitais: criamos maquetes dos cenários e simulamos os movimentos com imãs’ “ (Veja São Paulo — 20/06/2012 — pag. 48)
Não adianta partir para fazer alguma coisa, sem um mínimo de planejamento. E quando você faz um game, escreve um livro, projeta um sistema, é necessário vê-lo funcionar sem o aparato da tecnologia, pois é nessa fase que os erros mais grosseiros serão corrigidos; é nessa fase que você verá onde o sistema poderá ter gargalos — sistema não significa computadores —, é nessa etapa que personagens e inimigos serão criados, é nessa fase onde tudo começa e é definido. O restante: aprimoramentos, rapidez, beleza, cores, ficam mais fáceis quando sabemos que o sistema funciona.
Bem, agora vocês podem ter ideia da importância do planejamento.
Silvio T Corrêa
www.silviocorrea.com.br