por Silvio T Corrêa
Em uma época, posicionada por milhares de voltas dos ponteiros do relógio, me disseram da vida glamorosa que eu estava tendo, devido às viagens e jantares que eu, um facilitador de treinamento, tinha. Não adiantava eu explicar que não havia qualquer glamour em jantar em um restaurante de cidade minúscula ou dormir em uma pensão onde o café da manhã era uma média com pão e manteiga.
Eu, um tolo, achava que glamour era ser escritor, ter um livro publicado, autografar seu próprio livro. Olha que eu já escrevia nessa época!
O primeiro livro publicado — 6 anos após tê-lo escrito — gerou até um texto com o título de: “Eu sou um Autor!”. Isso mesmo! Dito com toda a pompa. Se quiser lê-lo, está aqui:
Na verdade, não existe qualquer glamour em ser escritor ou ter um livro publicado. É mais fácil ter desesperança; ter a sensação de solidão; perguntar-se em todo momento: Por que escolhi ser escritor?; buscar uma saída e não encontrá-la.
Está achando que estou amargo? Não, não estou, mas o gosto é muito amargo. É uma constante sensação de fracasso fenomenal, que o escritor tem que passar por cima, pois do contrário não conseguirá escrever.
Precisamos, sempre, voltar aos textos!