Ética, Moral e Respeito

por Silvio T Corrêa

Três palavras muito importantes para que possamos nos classificar como seres humanos, mas «respeito» é fundamental.

Vejam que nesses dias atribulados em que vivemos, onde dizem que não há aumento, mas os supermercados mostram o inverso; onde a gasolina não sobe na bomba como tentativa, desesperada, de impedir que a inflação — já está acima do previsto — suba ainda mais, perder um sábado por R$70,00 (setenta reais), como aplicador da prova do ENEM, não é nada assustador, mas também indica que se profissionais graduados e pós-graduados, estão nesse time, é porque a situação não está muito fácil.

Dessa forma, se chegam na sala e avisam que para esse ano houve uma mudança para os aplicadores do ENEM, passando a existir a figura do “chefe” de sala e do “auxiliar” do “chefe”, com honorários diferenciados é de se esperar um certo burburinho.

Pedro (nome fictício), já no seu quarto ano, consecutivo, como aplicador do ENEM, ficou tranquilo, pois o critério seria a experiência como aplicador.

Na hora de chamarem o nome, colocaram Pedro como “auxiliar” e alguém que não aplicou a prova do ENEM, pelo menos nos últimos 2 anos, como “chefe”. E olha que a coordenadora do ENEM disse que havia sido justa e quando questionada pelo Pedro, informou que a escola não havia avisado.

Para que avisar? O INEP ou a CESGRANRIO ou outra instituição qualquer, certamente tem esses dados, e disponíveis aos “coordenadores” do ENEM. Então, isso é desculpa — conversinha para fazer, de tão chata, até elefante roncar —, falta de ética, falta de respeito. Cada um, na verdade, faz as suas regras e as aplica à revelia e… dane-se.

Até aí, que o “coordenador” faça valer a sua vontade, já estamos acostumados com os nossos empregos e etc.

O maior problema do respeito é quando um colega — colega, pois quem está ali, está porque precisa de dinheiro — tem a possibilidade de resolver o problema e ainda que saiba que a maior remuneração deveria ser do Pedro, não propõe uma justa troca de funções e nem propõe à Pedro, que dividam as funções e os honorários. Ao contrário, “bate pezinho”, como criança mimada.

Pedro desistiu de ser aplicador, pois o conflito dentro da sala seria irresistível. Mas enviou mensagem ao INEP, que respondeu e se desviando disse, trocando em miúdos: “Opa! O problema não é meu, pois contratamos o CESGRANRIO para isso.” — Vê-se que o julgamento do mensalão não ensinou nada a esses órgãos.

Pedro envia comunicado ao CESGRANRIO que nem acusou o recebimento.

A que conclusão podemos chegar? Nada mudou nesse país, no que está sobre esse solo que amamos e que se chama Brasil. É muito triste!

Tal fato aconteceu na cidade de Mauá/SP.