Amor à primeira vista

ou “Amor à primeira praia.”

Eu posterguei, enrolei, deixei para a “próxima semana”, mas não resisti e me rendi. Tenho que, publicamente, contar a minha história de amor e declará-lo abertamente.

Férias de verão são sempre eventos onde ocorrem coisas inesperadas. As minhas não foram diferentes…

Começou com um erro maluco, meu, de achar que ia para Boiçucanga e eu estava indo para Ubatuba. Persistindo no erro, coloquei no GPS passando pela “Mogi-Bertioga”. Assim, fomos apreciando todas as praias até Ubatuba, passando por Boiçucanga, São Sebastião e demais.

Mesmo cansados da viagem, que não terminava nunca, uma cidade nos chamou a atenção. Tenha sido pela praia, pela avenida larga ou por ser, realmente, uma cidade bonita, não importa: Chamou a nossa atenção! Ficamos de voltar para conhecer a cidade.

Já morei em 4 cidades: Rio de Janeiro, Avaré, Bauru e Mauá; sendo as três últimas em SP. Tirando o Rio de Janeiro, mesmo assim em uma época onde valia a pena morar no Rio, Bauru foi, de longe, a melhor cidade. O que importa lá é ser gente, sem considerar se é brasileiro, mineiro, carioca, paulista ou pernambucano. O povo está sempre de braços abertos.

Mesmo assim, nunca pensei em morar, definitivamente, em Bauru. Nasci em uma cidade de praia, vivi em uma cidade de praia e sinto falta da praia, da água salgada, de “tomar um caldo num jacaré destrambelhado”.

Seguindo a sina das coisas inesperadas, o sol nem deu as caras no dia seguinte; assim como nos que se seguiram. O jeito foi passear e conhecer as cidades vizinhas. Fomos à tal cidade que tanto nos chamou a atenção. Mas foi meio na intuição, pois eu não sabia como tinha entrado na cidade e tampouco como saí dela para a estrada no dia anterior. A intuição funcionou.

Caraguatatuba!

Não sei se foram as “ondas” no calçadão, ou se foram as pessoas bonitas, ou o movimento alegre, ou um jeito que mistura o paulista e o carioca, ou a maneira meio despojada de caminhar, de viver. Não sei o motivo, mas fiquei apaixonado pela cidade.

Mas como definir um “amor à primeira vista”. Como já disse algum poeta: “Amor não se define. Apenas o sentimos.”

Sempre coisas inesperadas!

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