Quando o texto pega na veia.

Se o texto “pega na veia”, pelo menos comigo, eu não consigo desgrudar enquanto não terminar de ler. Fico até um cara chato, pois me isolo, até me tranco pra não ser interrompido. Varo a noite para evitar o caminhão do abacaxi, o carro da pamonha e os vendedores de botijão de gás — inferno dos leitores de silêncio —, tomando café ou chá e sorvendo o texto em goles profundos.

Recentemente um colega, Ben Oliveira, escritor e resenhista de mão cheia, publicou um texto comentando a resenha que fez do livro de A. Scott Berg, “Max Perkins, um editor de gênios” bem aqui — vale a pena ler essa e outras resenhas do Ben . Da resenha fui direto à loja e comprei o livro.

O livro é muito bom! Mostra um editor como sonhado por muitos escritores; amigo e com uma visão editorial maravilhosa. A maneira como ele convence os autores a modificarem o texto é de uma sutileza memorável.

Mas olhem que interessante, pois nos anos 1920 — perto de completar 1 século —, o editor, tal como acontece hoje, já passava a receber os livros por canais de confiança, como outros escritores e editores. Além disso, tem uma definição, no livro sobre o editor bem-sucedido, que em nada difere dos dias de hoje e que diz: “Editor bem-sucedido é aquele que está constantemente encontrando novos escritores, cultivando seus talentos e publicando-os com sucesso financeiro e de crítica.[…]

É o primeiro livro que leio de Andrew Scott Berg e que a tirar pela biografia de Max Perkins, é um excelente escritor. A Wikipedia traz os seguintes livros escritos por ele: Goldwyn: A Biography (1989); Lindbergh (1998); Kate Remembered (2003) e Wilson (2013).

Leiam o livro, pois dá para aprendermos bastante com Maxwell Perkins.

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