Sobre o livro Missão pré-sal 2025

Peguei uma linha de leitura de romances policiais e tem sido uma agradável experiência; principalmente por serem de autoras brasileiras.

Ultimamente tenho lido alguns romances, de variados gêneros, que trazem uma ou outra mensagem fora da trama (out-plot). Em tempos de politicamente correto não acho nada demais, contanto que não pese na mão. Como ex-fumante, um texto dizendo “… tentando a todo custo não tragar aquele veneno…” me tocou. A autora teve a sensibilidade de dar essa única mensagem, não cansando o leitor. Continue lendo “Sobre o livro Missão pré-sal 2025”

Sobre o livro EU VEJO KATE: O despertar de um serial killer

Da autora Cláudia Lemes, o livro, além de ser um excelente romance policial do gênero (thriller) psicológico, traz algumas coisas interessantes e que fogem, para mim, da visão de uma escritora brasileira. A primeira delas, pelo inusitado, é a utilização do serial killer, foco da obra, na forma de um fantasma que nos conduz pelo interior da trama.

Outra, que me alegrou muito, foi a utilização inteligente de cenas de sexo. A autora chegou a me levar a crer que (fiquei, mesmo, chateado) as cenas de sexo picantes, ainda que longe do chulo, mas com descrições bem contundentes, tomariam conta do cenário. No entanto, como em um relacionamento real, as descrições, os detalhes da relação sexual vão, gradativamente, tornando-se mais suave, mais calmas até, praticamente, serem inexistentes.

Achei a finalização da trama inteligente, mas inteligente do tipo “É mesmo! Como eu não pensei nisso antes!”. A autora, de modo muito perspicaz, dá dicas do “vilão” sem que o leitor perceba, a não ser em cima da hora.

Outro ponto que deixa muito a desejar em outros autores nacionais e, até, estrangeiros, são as pontas soltas ou “enfiar” assuntos, que não dominam, nos romances e terem que encerrá-las (solucioná-las?) ─ as pontas ─ com saídas mágicas e mirabolantes. A autora Cláudia Lemes, não deixa ponta solta.

Com total certeza, a obra é indicada para leitura.